sábado, 20 de setembro de 2014

Massa real


Eu vejo o belo da vida
E o belo da vida me vê
Eu vejo o sol da manhã
E uma nova estação florescer

Não sei se é primavera
Ou um novo amanhecer
Não sei se é um caminho
Ou apenas a ilusão do viver

Quando caminho na praia
Vejo as ondas nas pedras bater
Sinto a força das águas
No meu corpo um alvorecer

O sentimento é forte
Tão forte como a luz do viver
Que me conduz para a paz
E a tristeza desaparecer

E o vento sopra mansinho
Fazendo o corpo arrepiar
Como um sussuro gostoso
Um desejo a realizar

Toca uma música no rádio
E lembro do carnaval
Hoje só quero alegria
Só quero a massa real

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A espiral da vida

Deixa estar
Deixa ser
Deixa ficar
Deixa ir

Quero ser criança
De novo, todo dia
Encontrar a pureza
A simplicidade

Um simples olhar
Um sorriso espontâneo
Um choro profundo
Um banho de chuva

Volto a ser criança
E reencontro no passado
Alegrias e tristesas
Profundas, belas, raras

Como um momento especial
Que se esvai num estalo
Únicas marcas do tempo
Que carrego na minha alma

Sinto-me só, solitário
Desde muito pequeno
Sinto-me livre, independente
Capitão da Areia sem Trapiche

Na beleza do encontro
No gesto que se faz presente
Na presença que se faz lembrança
Na lembrança que preenche o presente

E quando tudo passa
A marca fica
Do que jamais se repete
Na espiral da vida

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

O tempo da alforria

Viver é uma Aventura
Que se vive um a cada dia
Sorte ou revés
Tristeza ou alegria

Quem se aventura de verdade
Se arrisca na ventania
Pode ser levado ao paraíso
Ou se perder na maresia

Ao seguir no meu caminho
Continuo a procurar
Aquilo que me acende
O que me faz rebrilhar

E se o dia vira noite
Ou a noite vira dia
No encontro e desencontro
Se escreve as entrelinhas

Seja a conjuntura astral
De Vênus em movimento
Seja o brilho sem igual
De seus olhos no firmamento

Noite clara
Cedo brilha
Vou me embora cantando
O tempo da alforria